Tornar obrigatório o ensino da educação sexual resume-se a dizer: forniquem à vontade, divirtam-se, façam o que quiserem mas com higiene.D. Duarte Pio, Duque de Bragança, in Diário de Notícias
A educação sexual faz com que não haja raparigas que acham que por comerem fruta com caroço quando estão menstruadas nascem-lhes caroços na cara, entre outros mitos absurdos. Reduz o número de contágios de doenças sexualmente transmíssiveis - e não estou só a falar da SIDA, que isso é só para os drógados, né? Reduz o número de gravidezes adolescentes - e pasme-se, de abortos, coisa que o Sr. Duque não deve gostar nada. Mais do que nada, dá aos jovens informação correcta sobre os seus corpos - que são deles, não do Estado, não dos pais, não dos namorados, mas deles. Como dizem os anglo-saxões, knowledge is power.
A meu ver, a educação sexual deveria começar desde tenra idade, com as diferenças entre os sexos, chegando progressivamente a tópicos mais adolescentes como a contracepção e até a ética - que não faz mal esperar, assim como não faz mal ter sexo; que quando um parceiro diz não é NÃO; que a violação é sempre, sempre, sempre culpa do agressor; a igualdade entre os genéros.
E não adianta dizer que esta instrução deve ser dada em família! Pensem, quantos pais mostram como funciona a pílula, o preservativo, etc?
Eles vão "fornicar" mais cedo ou mais tarde - sim, incluindo os seus angelicais filhinhos com mil e quinhentos nomes próprios - e quando essa altura chegar, seja aos 16, seja aos 60, convém estarem preparados para se protegerem convenientemente.
(P.S. Imaginam este gajo como nosso rei? lol)
duuh... nao foi isso que ele quis dizer... ele nao estava a condenar a educaçao sexual.
ReplyDelete«Claro! Tornar obrigatório o ensino da educação sexual resume-se a dizer: forniquem à vontade, divirtam-se, façam o que quiserem mas com higiene. Praticamente é só isso, em vez de dar referências éticas e morais em relação ao desenvolvimento de uma sexualidade saudável. Ao mesmo tempo, desencorajam-se as aulas de educação moral e estamos a dizer que a moral não tem importância, que só a sexualidade livre é fundamental para a felicidade dos portugueses».
ReplyDeleteConcordo com ele na medida em que a ed. sexual não deve ser só "higiene", tal como disse, deveria ter uma componente ética. Ele condena o ensino da "sexualidade livre" - que sim, deve ser livre, os corpos e respectiva sexualidade são dos jovens e ninguém tem o direito de dizer que isto ou aquilo é imoral.
És a maior Christina!
ReplyDeleteAdoro as tuas dissertações.
Praxis Godson