27.1.11

woman overboard, woman overboad

Levantei a cabeça da água turva, suja, com papeís de sebenta flutuantes e terríveis sanguessugas chamadas exames para dizer que estou viva, mas só por pouco.
E agora vou suster a respiração e mergulhar outra vez, para a época de recurso.

23.1.11

repetição, já!

Não posso dizer melhor que o José Manuel Coelho.
Quem tem cartão de cidadão, mudou o numero eleitoral - mas ninguém sabia. Chegaram às urnas e viram-se mal, tinham que ir ver a um computador por mesa de voto - uma fila interminável. Ouvi uma senhora dizer "com esta fila, não voto". Não pode exercer o dever cívico por um erro crasso de organização a nível nacional - um erro crasso que a meu ver, é mais que o suficiente para considerar estas eleições nulas e repeti-las
O problema disto? Os mais velhos, mais conservadores, têm o BI vitalicio. Puderam votar à vontadex - e provavelmente no Cavaco. Estes resultados não reflectem a verdadeira escolha dos portugueses.

22.1.11

não se esqueçam de botar, parte final.


VOTE, originally uploaded by Paula Wirth.
Podem pensar que não vale a pena votar, não gostam de nenhum - então votem em branco, ou nulo, ou escrevam lá "Rui Reininho ao poder!" - assim é que mostram a vossa indignação.
Ao ficarem em casa no sofá a ver filmes de Domingo à tarde, só mostram o vosso total disenteresse no vosso país, já para não falar na preguiça.
Pensa em quantas pessoas por este mundo fora, que não vivem em democracias, não podem votar - e muitos perdem a vida a lutar por esse e outros direitos.
Pensa nos teus avós ou até nos teus pais, que também não podiam decidir o futuro da Nação.
Pensa o quanto mulheres como Carolina Michaëlis lutaram para poderem votar, sendo mulher.
Pensa no teu país. Lê o que cada candidato afirma na sua página pessoal. Revê os debates no Youtube, se for preciso.
Pensa em ti. O teu vota conta, acredita.

insónias

Devo ser arraçada de coruja.

19.1.11

ao menos tem imagens bonitas.


Fui para Bioquímica porque sempre me disseram que era um curso dificílimo. Gosto de desafios. Aceitei o desafio.
Acho que o estou a perder.

16.1.11

não se esqueçam de botar, parte II



Porque é que em todos os comícios do Francisco Lopes (para quem não se lembra, e devem ser muitos, é o candidato do PCP), só se ouve o camarada Jerónimo? Será para lembrar ao povo que o gajo é dos comunas, tal como na rua, qual emplastro, atrás destes dois está sempre um homenzinho de boina preta e bigode?

13.1.11

correcção a camões

Agora que reparo... limões só são verdes quando não estão maduros. O quê, o grande poeta português a forçar palavras de modo a rimar!? Mas eu tenho a solução.


Verdes são os campos,
De cor da lima:
Assim são os olhos
Da tua prima.

Pronto. Podes me agradecer do Além, Luís.

12.1.11

línguas de perguntador

Os "likes" no Google Reader, os comentários de gente que não conheço de lado nenhum a elogiar a minha escrita, a dizer que as faço rir, sobem-me o ego no mês de Janeiro que custa tanto a passar e me desce tanto o astral. Obrigado a todos, sejam quantos forem, nem sei ao certo.
Arranjei uma cena gira aqui para o blog que é o formspring e que basicamente, é uma paginazinha minha em que vocês me colocam questões (anonimamente ou não, podem até por o vosso nome e terrinha, tipo revista Maria) e eu respondo. O meu perfil pessoal está neste link e perguntem o que quiserem, chutem para lá questões. Tambem podem escrever a pergunta na página do blog, ali entre o Sobre Mim e o Flickr. Depois até posso fazer uma página aqui no blog tipo FAQ, (mas em português, PFP: Perguntas Frequentemente Perguntadas) se vocês forem particularmente chatos.
Vá, partilhem frustrações comigo, desilusões amorosas, perguntem-me a cor das minhas cuecas.

11.1.11

msn, o futuro do namoro

Aquele Que Não Gosta De Saias Travadas diz:
blergh, mais gente a querer usar o portátil
e tenho mesmo que descansar, a ver se não gripo
queres contar mais alguma coisa?
algo fofinho a dizer?
q:
a saia travada diz:
não
tenho pena de não saber escarrar
e o meu pai é o Deus do escarro. how ironic
Aquele Que Não Gosta De Saias Travadas diz:
xD
a saia travada diz:
how's that for fofinho?

10.1.11

"what's in a name? that which we call a rose by any other name..."

Não temos grande jeito cá em casa para dar nomes a animais (há quem diga que não temos nem para pessoas, mas isso é outra história). A minha cadela do coração, que apareceu faminta na nossa horta quando eu tinha sete anos, chamava-se Blackie, adivinhem lá porquê. Já décadas antes, o meu pai tinha um Setter Irlandês, lindo, sedoso, ruivo... chamado Rusty (ferrugento). A Blackie morreu, entre muitas lágrimas de todos, ia fazer eu dezoito anos, mas nasceu da nossa podenga de caça Dot (aleluia! Esta chama-se assim por causa das reticências) uma ninhada de futuros caçadores, entre os quais, para muito espanto nosso, uma cadela preta - a Schwarz - e agora ide todos buscar um dicionário alemão-português, vá.
Ano passado, uma gata de todas as cores (as chamadas gatas-tartaruga), depositou debaixo das escadas dos meus avós, qual instituição de acolhimento, três gatinhos, um amarelinho, uma coisa meia siamesa de olhos como lapis-lazuli, e uma cinzenta malhada e muito tímida. Ficamos com os três. O amarelinho chama-se Amarelinho. A coisa siamesa, pensavamos que era macho e chamamos-lhe Frank, por causa dos olhos, mas depressa se revelou uma gatinha (sotaque brasileiro) e chama-se Branquinha. A outra nunca cresceu muito, com um ano nunca teve o cio. É a Pequenina.

Graças a Deus que isto é só com cães e gatos - ou podiam ter olhado para mim à nascença e chamado Purple.

9.1.11

não se esqueçam de botar

Ó Fernando Nobre, tu a dizeres "um abraço" às feirantes mas sem as abraçares nunca mais vais lá... como é que fazias com os meninos pobrezinhos em África?

8.1.11

"Heathcliffe!"

where the wild wind blows on the mountain side "

Sinto que fiquei presa num livro da época vitoriana, das irmãs Brontë ou afins. Enquanto tusso os meus pulmões para fora com esta tuberculose maldita1, passo as horas a fazer ponto de cruz e a ler poesia 2 enquanto espero que o meu amado regresse da sua missão nas Índias3 antes de eu finalmente sucumbir4.

1Na verdade, acho que nem bronquite é, nem febre tenho.
2A estudar para os exames.
3De facto, é Singapura, mas pronto, é lá perto.
4Acho que não vou morrer disto, mas nunca se sabe. Pode me cair um meteorito em cima, não é? Ou daqueles pássaros que andam a cair do céu aleatoriamente, eu sei lá.

5.1.11

anjinho da guarda, minha companhia.

©Christina Branco
Não sei se acredito em Deus. Mas os anjos existem, disso tenho eu a certeza.

4.1.11

ode ao meu estômago rosa-choque

Chegou ontem, a carta que era suposto chegar 15 dias depois da endoscopia - que já foi em Novembro. Com imagens bonitas e tudo. O meu estômago, com lesões de uma gastrite crónica, pálido, cor-de-entranha, às bolinhas rosa-choque. Pelo meio, escondidinhas microscopicamente, as bactérias em forma de saca-rolhas, Helicobacter pylori. Terão sido elas a lesionar-me a goela? Ou a vida extremamente relaxante que tenho levado (sarcasmo)?
A parte crónica da gastrite não é surpresa. Todos os meus colegas de infância lembram-se da minha célebre frase, repetida várias vezes com sotaque inglês, "Conceição, dói-me a bawiga..."
E agora dói-me a bawiga só de pensar.  Aquelas manchas fazem-me lembrar o eczema que certeiramente tinha no Verão nas dobras da pele - e apetece-me coçar o estômago, por dentro. Coitadinho.
Se ele fica mais rosa-choque, ainda aparece lá a Hello Kitty.