18.8.13

Morte de estudante grego desperta debate na Grécia 

 Um estudante de 19 anos que morreu depois de uma discussão com um inspector dos transportes públicos está a tornar-se um símbolo na Grécia. Thanassis Kanaoutis morreu com uma lesão fatal na cabeça depois de se ter atirado, ou de ter caído, ou de ter sido empurrado, para fora do autocarro, quando este circulava num bairro de classe média de Atenas, na terça-feira passada. Certo é que na altura, o estudante discutia com o inspector dos bilhetes, por não ter pago os 1,20 euros que custava a passagem. A empresa diz que o próprio Kanaoutis accionou o travão de emergência para sair, a família diz que ele poderá ter sido empurrado. O caso tocou um ponto sensível na Grécia, onde o Governo está a recorrer a métodos cada vez mais duros para recolher receitas e sob pressão internacional para pôr em ordem as suas finanças. Cerca de 300 pessoas assistiram ao funeral e, depois da cerimónia, dezenas de jovens atiraram pedras contra polícia anti-motim perto do local onde Kanaoutis morreu. Um autocarro foi atacado, as janelas estilhaçadas e alguém escreveu “assassinos” no pára-brisas. “Este é o último miúdo que morre – a partir de agora vai ser o sangue deles a correr”, gritou um jovem depois do funeral. A morte de um jovem de 15 anos pela polícia em 2008 despertou motins violentos que duraram semanas na Grécia.
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 O meu medo nem é que a violência fatal por parte de autoridades esteja a chegar à Europa. Vai chegar a este cantinho. Não, o meu medo é que ao contrário de na Grécia e no Brasil (o caso do pedreiro Amarildo, que "deu sumiço" depois de ser levado para uma esquadra) aqui não vai cair o Carmo e a Trindade, não vamos todos para a rua, vamos ficar quétinhos porque somos um "país de brandos costumes". Povo latino, o catano. Deve haver nórdicos com mais garra que nós.

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