8.12.10

Sylvia (2003), com Gwyneth Paltrow e Daniel Craig

Olhem a minha primeira crítica a um filme n'A Saia Travada!
Bom, parece que a minha escritora-obsessão do momento é a Sylvia Plath. Começou com a JK Rowling com para aí 10 anos, depois Florbela Espanca, Virginia Woolf e agora esta. Gosto delas em níveis crescentes de vidas trágicas. E devoro tudo o que posso sobre elas - primeiro o que elas escrevem, depois o que escrevem sobre elas (ai meu Deus, a minha wishlist da Amazon), e depois os biopics e as adaptações ao cinema e tudo o mais.
Pelo menos tive mais sorte com filmes sobre a Virginia Woolf.
Sylvia não é sequer um biopic, é mais uma tragédia romântica (trag-com?), que faz da escritora brilhante uma Desperate Housewife. É demasiado rápido -pimba, ela conhece-o, pimba, pinam, pimba, casam-se, pimba, ele mete-lhe os cornos. Dá a ideia que o único problema da vida dela é o marido, quando os demónios de Sylvia estão bem mais profundos dentro dela - um dos enúmeros erros de pesquisa deste filme.  Começa tudo com o casting - Daniel Craig podia ter feito um sotaque mais do Norte, ok, mas Gwyneth é completamente desadequada. Demasiado glamourosa para uma poeta não feia, mas deslavada e simples, e um sotaque que muda ao longo do filme - ora é completamente americano, ora é completamente britânico, e nada do típico sotaque de Boston de Plath.
Só se safa o vizinho de baixo - nada mais nada menos que o primeiro Dumbledore.

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