28.12.10

três postas de pescada

#1 Durante o tempo de estudo/férias, a minha higiene pessoal vai com o caraças.

#2 Odeio couve. Porém adoro couve-de-bruxelas. Sou uma pedófila da couve.

#3 Aprendi a conduzir só mesmo para ouvir música no carro.

27.12.10

hope I die before I get old

Parabéns, pai.
É tão estranho que o meu pai seja exactamente da idade daqueles gajos a cantar "My Generation". Qual é o momento na vida nos progenitores em que deixam de ser pessoas cheias de vida, que fazem disparates, coisas sem sentido, ouvem música alta, da geração rasca ... e passam a ser ... pais, simplesmente?

Aqui está, a geração do meu pai, em toda a força em Woodstock:

23.12.10

feliz natal, com a participação da família ono-lennon



Feliz Natal a todos leitores do blog, que eu nem sei quantos são.
(E logo que eu começo a gostar disto do Natal, ele começa a findar... é pena não ser tipo casamento cigano, de 7 dias)

19.12.10

tudo isto é triste


, originally uploaded by rougerouge.
Nos outros países faz-se stand-up comedy, em Portugal há stand-up tragedy, chama-se fado.

18.12.10

make the yuletide gay

Nunca gostei muito do Natal. O Natal é a família, e a minha está do outro lado do atlântico, no meio da neve, bem mais natalícia do que a chuva e os 15ºC portugueses. Além de que não gosto de bacalhau. Nem do Natal dos Hospitais (tadinhos dos miudos, estão doentes e ainda têm que aturar o João Baião), nem das campanhas para os pobrezinhos, que só são pobrezinhos no Natal. E depois nunca me dão presentes de jeito (AI DE QUEM ME DER OUTRO PIJAMA POLAR), ou nem dão presentes. Sim, sou materialista como todos vocês.

Mas gosto das músicas de Natal. Aqui vão algumas.



(pessoal que está a ler por feeds RSS/Atom - têm que ir à página do blog para verem as musiquinhas, tá?)

16.12.10

carne para canhão

A parte boa das tristezas é que são carne para a minha caneta, alimentam as linhas dos meus cadernos. Acabei ontem um diário. Já enchi mais três páginas do novo, que comprei a 1€ no El Corte Inglés quando a etiqueta dizia oito. Acho que o empregado engraçou comigo. Isso não é triste. Mas mesmo assim, escrevi no diário.
Sempre disse que o meu sonho era escrever um livro, mas ao fim e ao cabo, desde os meus dez anos, devo ter escrito uns sete, à última conta. Não têm aloquete, não têm páginas de cheiro, não escrevia neles com canetas de cor (se bem que há um todo escrito num código que inventei. Beat that, Robert Langdon!). Sentia que eram de certa forma superiores aos diários das outras meninas - havia ali verdadeiro conteúdo filosófico. Mas não. Leio-os agora, e ó céus, que vergonha. Um dia hei-de publicar aqui excertos dos meus rabiscos de 13 anos e pico, idade de Adrian Mole.

Pergunto-me se a Anne Frank estará fodida conosco por andarmos todos a cuscar-lhe o diário, quais irmãozinhos irritantes, pais desconfiados.

13.12.10

a fúria do açúcar

Esta crise do açucar começou com um rumor. "Eh pá, ouvi dizer que este Natal vai acabar o açúcar."
E então gente que nem gostava de açúcar no chá, que nem faz bolos, que é diabética, foi a correr ao hipermercado em cuecas comprar 10kg de açúcar no mínimo, cada um.

8.12.10

Sylvia (2003), com Gwyneth Paltrow e Daniel Craig

Olhem a minha primeira crítica a um filme n'A Saia Travada!
Bom, parece que a minha escritora-obsessão do momento é a Sylvia Plath. Começou com a JK Rowling com para aí 10 anos, depois Florbela Espanca, Virginia Woolf e agora esta. Gosto delas em níveis crescentes de vidas trágicas. E devoro tudo o que posso sobre elas - primeiro o que elas escrevem, depois o que escrevem sobre elas (ai meu Deus, a minha wishlist da Amazon), e depois os biopics e as adaptações ao cinema e tudo o mais.
Pelo menos tive mais sorte com filmes sobre a Virginia Woolf.
Sylvia não é sequer um biopic, é mais uma tragédia romântica (trag-com?), que faz da escritora brilhante uma Desperate Housewife. É demasiado rápido -pimba, ela conhece-o, pimba, pinam, pimba, casam-se, pimba, ele mete-lhe os cornos. Dá a ideia que o único problema da vida dela é o marido, quando os demónios de Sylvia estão bem mais profundos dentro dela - um dos enúmeros erros de pesquisa deste filme.  Começa tudo com o casting - Daniel Craig podia ter feito um sotaque mais do Norte, ok, mas Gwyneth é completamente desadequada. Demasiado glamourosa para uma poeta não feia, mas deslavada e simples, e um sotaque que muda ao longo do filme - ora é completamente americano, ora é completamente britânico, e nada do típico sotaque de Boston de Plath.
Só se safa o vizinho de baixo - nada mais nada menos que o primeiro Dumbledore.

5.12.10

não tive baile de finalistas.



Não tive baile de finalistas, e consequentemente, não houve a parte em que baixam as luzes e há o slow. Mesmo que houvesse, eu não teria par, era uma pária da sociedade nessa altura. Sentar-me-ia numa das mesas mais afastadas a fazer barquinhos com as ementas e a desejar que o chão do polivalente se abrisse ao meio como naquele filme de Natal, It's A Wonderful Life, enquanto esta música tocava.
Ora vejam lá se não é mesmo música de slow.

3.12.10

chapéus há muitos, parte IV

Se tiveres menos menos de 60 anos ou fores do sexo feminino, usar chapéu em Portugal é como andar na rua vestida de senhora da época vitoriana ou palhaço, farda das SS ou coisa que o valha. Português que é português desbrava o frio ou o sol, até chegar àquela idade em que tem que impreterivelmente comprar uma boina verde-tropa ou castanha.
Hoje andei com um chapéu cloche cinzento, da cor da minha saia (não travada). Estava um frio do c******¹ e toda a gente sabe que perdemos a maior parte do nosso calor pela cabeça. E os meus pais sempre disseram que eu tinha cabeça para chapéu - olhem, ao menos serve para alguma coisa. Chapéu eu pus.
Trolhas: olham com um olhar completamente diferente do que estou habituada. Um disse "Olhá Beatriz Costa!". Hm. Este percebia de moda dos anos 20. Palmas para ele. Amigos, dizem-te que pareces a idosa do Sozinho em Casa III.
Continuarei a usá-lo, a ele e aos seus companheiros de quando o tempo o ditar ou a roupa convier. Chapéus ao poder, jovens!

¹Inserir letras ao vosso gosto pessoal e educação que receberam em casa.

1.12.10

leopoldina vs popota

Ambas são irritantes, mas prefiro a Popota. Porquê?
A Leopoldina era uma avestruz exploradora. Deixou de lado a faceta David Attenborough, as asas, o colete. Pôs silicone e uma fatiota toda Lara Croft. O sexo vende, até aos putos.
A Popota é um hipopótamo. É -choque!- obesa. E acha-se fabulosa. Quero pensar que há uma menina qualquer que pega no catálogo do Modelo que metem na caixa do correio por estas alturas e sonha não com os brinquedos, mas com um dia ter lantejoulas e holofotes à volta, mesmo tendo banhas, mesmo sendo gozada.


Não gosto assim muito do Natal.