10.1.11

"what's in a name? that which we call a rose by any other name..."

Não temos grande jeito cá em casa para dar nomes a animais (há quem diga que não temos nem para pessoas, mas isso é outra história). A minha cadela do coração, que apareceu faminta na nossa horta quando eu tinha sete anos, chamava-se Blackie, adivinhem lá porquê. Já décadas antes, o meu pai tinha um Setter Irlandês, lindo, sedoso, ruivo... chamado Rusty (ferrugento). A Blackie morreu, entre muitas lágrimas de todos, ia fazer eu dezoito anos, mas nasceu da nossa podenga de caça Dot (aleluia! Esta chama-se assim por causa das reticências) uma ninhada de futuros caçadores, entre os quais, para muito espanto nosso, uma cadela preta - a Schwarz - e agora ide todos buscar um dicionário alemão-português, vá.
Ano passado, uma gata de todas as cores (as chamadas gatas-tartaruga), depositou debaixo das escadas dos meus avós, qual instituição de acolhimento, três gatinhos, um amarelinho, uma coisa meia siamesa de olhos como lapis-lazuli, e uma cinzenta malhada e muito tímida. Ficamos com os três. O amarelinho chama-se Amarelinho. A coisa siamesa, pensavamos que era macho e chamamos-lhe Frank, por causa dos olhos, mas depressa se revelou uma gatinha (sotaque brasileiro) e chama-se Branquinha. A outra nunca cresceu muito, com um ano nunca teve o cio. É a Pequenina.

Graças a Deus que isto é só com cães e gatos - ou podiam ter olhado para mim à nascença e chamado Purple.

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